quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Birras, castigos e corações destroçados!

Isto por cá anda difícil...

Andávamos felizes por ter passado a fase das birras com relativa facilidade.. Ora já chegámos aos três anos..ela é uma miúda crescida, fala muito bem, compreende tudo e é muito acessível por isso a partir de agora tudo vai ser mais pacífico, certo? Nada mais errado!!!!

Sim ela é crescida, sim fala e compreende muito bem e sim é uma miúda muito acessível.. mas faz com cada birra que parecem duas!!!

O nosso grande desafio neste momento é fazê-la compreender que, apesar de ser crescida e conseguir fazer uma série de coisas não pode ser ela a decidir tudo! Não pode contestar as nossas ordens e fazer somente o que lhe apetece.

Claro que o facto de comunicar muito bem complica a coisa...ela tem SEMPRE justificação para o que quer fazer e SEMPRE uma resposta para as nossas ordens e pedidos...

Sim, quem nos conhece sabe que não nos podemos queixar e assim olhando bem, só agora é que entramos na onda das "birras" e desafios! Até agora sempre conseguimos conversar e leva-la à razão sem grandes confusões. Claro que sempre fez birras mas até agora o facto dela falar muito bem sempre jogou a nosso favor.

No outro dia de manhã tivemos de crise.. as nossas manhãs ainda são calmas, mas mesmo assim há timings que temos que cumprir.

Quem tem filhos sabe que as birras começam por algo concreto mas a meio da cena já ninguém sabe muito bem como começou e porque é que já estamos a reclamar com outra coisa que não a inicial..

Sei que às tantas passou no meu pensamento que, era hoje! Era hoje que íamos inaugurar os castigos que até agora foram apenas uma ameaça pouco convicta e distante!

Sou contra locais fixos de castigo, tanto em casa como no trabalho. Sinto que os castigos são mais eficazes se lhes for negado algo que querem naquele momento ou algo de que realmente gostam! Também acredito que devem ser adequados em tempo e espaço e por isso acontecem no local da crise ou se necessário noutro local mais calmo!

Desta vez a nossa questão prendia-se com os bebés com que ela estava a brincar. Como não nos ouviu e foi desadequada nas suas varias reacções às nossas tentativas de conversar decidi que estava na hora de retirar os bebés e não deixa-la levar um deles até à porta da sala como tínhamos negociado.

Claro que houve choradeira! Inicialmente de raiva e frustração, mas quando percebeu que não estávamos a ceder, o choro passou a desesperado e mesmo sentido!

Daquele tipo de choro que mata qualquer mãe, principalmente as que têm as hormonas aos saltos!

Com calma, explicámos que poderia recuperar os seus bebés se o dia na escola corresse bem, e como felizmente corre sempre bem, seria para todos mais ou menos uma garantia de final feliz. Ela compreendeu a nossa imposição e embora triste lá fomos para a escola.

Claro que o meu coração ficou destroçado com tanta choradeira e principalmente por perceber que realmente ficou sentida e por detestar vê-la triste.

Era bem mais fácil ceder aos seus caprichos, mas a maternidade tem destas coisas mais difíceis do que dar à luz!

No final do dia levei-lhe o bebé, mas antes de lho dar certifiquei-me que o dia tinha corrido bem. Ela ficou radiante, mas claro que tivemos a nossa conversa pós birra, com muita calma e sempre surpreendida com as suas reacções.

Uma das coisas que fez foi questionar porque é que eu tinha levado o boneco se ela se tinha portado mal de manhã! Expliquei-lhe que o acordo teria sido o correr bem do dia de escola e tinha achado que ela teria ficado feliz. Concordou comigo e agradeceu ter-lhe feito esse mimo!

Também me disse a meio da conversa que sabia que eu gostava dela, mesmo quando me zangava com ela e que não me queria ver triste.

Tentei explicar-lhe que apesar de ser crescida tinha que obedecer ao que lhe dizíamos e que tinha, antes de tudo ouvir-nos e conversar em vez de chorar! Já repetimos esta conversa vezes sem conta, mas nunca tinha sido acrescentado um "castigo" prévio.

Vamos ver se da próxima vez ainda se lembra e assim evitamos mais crises que castigam toda a família! 

Quando é que passa mesmo a crise das birras? 20? 30 anos? puff...  





segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Mãe uma vez, mãe para sempre! Então e a mulher antes de ser mãe?

Desde que a piolha nasceu que passamos a um trio...quase sempre! Como só casamos depois de ela nascer, até a nossa lua de mel foi a três!

Felizmente casei-me com um pai/marido maravilhoso que pensa como eu e sente que, o facto de termos filhos, estes fazem parte da nossa vida e como tal devem acompanhar-nos para além do dia a dia e da rotina.

Mas desde que ela era pequena que, de vez em quando, vamos jantar fora os dois. Nesses momentos ela sempre ficou com a minha mãe e íamos busca-la depois do jantar!

De quando em quando (normalmente no dia em que fazemos anos de casados) deixamos a pequena com a minha mãe e vamos aproveitar para namorar! Nunca a deixámos mais do que uma noite, por isso as nossas viagens são sempre tipo toca e foge! 

A verdade é que nos faz mesmo mesmo bem! Aproveitamos para conversar sobre tudo e sobre nada! Sobre ela e sobre o que pensamos no nosso futuro! Da última vez planeamos com amor o nosso próximo bebé...

Agora que ela é mais crescida e já se comunica muito bem, de vez em quando passa a noite com a minha mãe para podermos aproveitar para acordar mais tarde no dia seguinte. Vivemos a dois prédios de distância e como ela adora lá ficar aproveitamos.

Mas (e há sempre um mas na vida) nem sempre sentimos essas noites livres com tanto prazer como era suposto!

Ela ainda não pede para dormir fora, não sente essa necessidade (nem mesmo na casa da minha mãe) porque ainda é pequena e apesar de adorar lá ficar, ainda gosta mesmo é de estar com os pais! (felizmente!!)

Esse facto faz-me por vezes sentir que a estou a "despachar" egoístamente só porque quero dormir mais umas horas de manhã!

Eu sei que ela está bem e feliz nos mimos do "hotel da Avó", mas o coração de mãe que é um verdadeiro mistério não fica descansado quando ela lá dorme sem haver um motivo válido e uma boa justificação! 

Felizmente e repetindo o que disse no início, o pai que arranjei para os miúdos (agora que vem outro a caminho já posso usar no plural! hehe) que vive a paternidade na mesma linha de sentimento e sente o mesmo que sinto quanto às noites fora por comodidade nossa..

Serei  alvo de mãe galinhisse aguda? Será mesmo ser egoísta querer acordar um pouco mais tarde e aproveitar para namorar? 

Sei que cada família tem a sua forma de estar relativamente a este assunto, mas terão os filhos que ser empurrados a sair de casa para conseguirmos?

Não nego que o tempo a dois seja importante... é vital para o casal! Mas como ficam os filhos no meio disto antes de terem idade para pedir para dormir fora?