sábado, 6 de outubro de 2018

Não é profissão, é vocação!

Hoje é dia do professor. (antes da meia noite...)

Eu cá, prefiro ser chama de educadora. É isso que eu sou.

Nada na minha vida foi mais simples do que escolher a minha profissão. Desde miúda que já sabia que era isto que queria ser, que era assim que queria viver. Desde sempre que trabalhei para ser educadora, sempre nessa direcção. Acho que a isso se chama vocação.

Sou daquelas privilegiadas que faz aquilo que gosta e adora aquilo que faz. Não saberia fazer mais nada na vida. Aquilo que faço é de alma e coração.  

Adoro sentir que aquilo que faço com os meus miúdos vai, um dia, fazê-los serem melhores estudantes, seres pensantes e crianças que sentem que aprender é algo prazeroso!

Não é fácil e cada vez é mais difícil contornar os condicionalismos da profissão. Mas a verdade é que, mesmo nos anos mais complicados, quando fecho a porta da sala e me sento com eles a trabalhar, tudo o que é mau fica fora da sala.

Gosto de aprender mais sobre a melhor forma de os encaminhar, a melhor forma de os preparar para a vida (e não para o 1ºciclo como se costumam preocupar os pais). 

Gosto de saber o que estou a fazer e fazê-lo com confiança e com a certeza que esse caminho leva cada miúdo a uma descoberta interior que o irá tornar um ser humano melhor.

Detesto ouvir comentários menos positivos sobre as educadoras. Detesto sentir o descrédito que existe no nosso trabalho dentro de sala. 

Isto só acontece porque essas pessoas nunca passaram uma manhã na minha sala. Se assim o fosse iam perceber o trabalho que dá, principalmente de bastidores, para que o dia corra com um fio condutor lógico e de acordo com os interesses dos miúdos.

Eu não educo crianças, eu mostro-lhes o caminho para serem crianças e adultos que sabem ser, que respeitam os outros, que ultrapassam as dificuldades e que sejam felizes!

Para mim existem não um, mas 20/25 caminhos para chegar ao mesmo objectivo. É importante que eles percebam o seu caminho e não celebrem apenas das conquistas.

Mesmo não querendo, vive em mim uma educadora que se dilui com o que sou fora das quatro paredes da escola. 

As vezes cá em casa, ela salta lá do fundo e lá tem uma conversinha com os meus pequenos.

Por enquanto estou na mesma "faixa etária" que a minha malta cá em casa. Não é muito fácil, saber tanto daquilo que eles devem e deveriam fazer na creche/Jardim de infância. 

Principalmente porque é suposto eu ser mãe e não educadora deles. Mas por outro lado conheço nitidamente os sinais (positivos e negativos) da sua vivência na escola.

Embora na escola tente sempre ser a mãe deles (e muitas vezes sou só e apenas mãe deles, com todas as ansiedades e inseguranças que o papel trás), em casa sou na maior parte das vezes mãe deles. 

De vez em quando penso que poderia fazer isto ou aquilo com eles, porque iria desenvolver isto ou aquilo, mas na maior parte das vezes acabo por preferir enche-los de beijos, mimos e macacadas e deixar a Educadora Catarina descansar até as 9h do dia seguinte!

Que os professores (e educadores) sejam uma referência na vida destes pequenos, com marcas positivas e para sempre!

Parabéns a nós!

 


domingo, 30 de setembro de 2018

Lágrimas rolantes!

E quando choramos desalmadamente a ver o Voice?

Depois de deitar a malta pequena e já meia a dormir no sofá, de repente salta do ecrã um reencontro de mãe, filha e irmãos que me deixa totalmente sem defesas deixa as lágrimas a jorrar pela cara abaixo!

Normalmente respiro muito fundo quando começo a sentir que elas começam a espreitar e lá me vou conseguindo controlar. Isto porque nunca sei muito bem o que acontece se as deixar sair...Mas suspeito que se der largas à emoção, paro de chorar lá para o ano que vem...

Mas desta vez foi impossível controlar..fui apanhada desprevenida e mesmo com o respirar fundo elas deram asas ao seu caminho...

Já ando há uns largos dias sem escrever... Todos os dias abro a pagina, faço um esforço para tirar uns minutinhos para este meu filho 2D... mas anda impossível...

Como já vos tinha dito, cá em casa andamos todos em adaptação, o que faz com que tudo tenha prioridade em relação às minhas coisas (até às do trabalho..). Só quando a casa está em silêncio é que me consigo concentrar nas minhas tarefas, mas aí já estou completamente podre e acabo por adormecer em frente ao pc, mesmo antes de acabar o que tenho a fazer...

E o que dentro de nós fica mesmo à espreita quando estamos em modo exausto? As lágrimas claro.. 

Pessoalmente, acho que chorar faz bem à alma... lava-me a alma e depois de uma bela sessão de choro tudo mais calmo dentro de mim... Não estou claro a falar do choro vindo de uma chapada de emoção da tv...

Mas quando são lágrimas vindas da tv a coisa torna-se mais apertada. Nesses casos o alivio acaba por dar origem a uma espécie de aperto no coração, já que inevitavelmente, como quase todas as mães, as historias com crianças, mães ou filhos pequenos tocam-nos de uma forma especial e mais funda!

Nunca mais consegui ver dramas com crianças, nem no cinema nem em casa. Não consigo e não quero. 

É egoísmo eu sei, mas coração de mãe é muito influenciável e nada como um drama ao serão para acabar com uma noite de descanso!!

Não sei se no futuro irei ser capaz de ver um bom drama sem que entre em pânico emocional...mas por enquanto venham as comédias românticas e series leves e descontraídas!! (e tempo para as ver claro! heheh)