Desanuviar, gargalhar e sentir-me gente!

Hoje fui almoçar com uma amiga. Daquelas amizades que nascem no trabalho e que ficam para a vida.

Passamos muito tempo no trabalho, mas nem sempre as amizades se constroem, nem sempre se solidificam e principalmente, nem sempre resistem à distância!

Felizmente esta resiste e de quando em quando, para além as mensagens que vamos trocando regularmente, estamos juntas.

Depois de termos filhos e principalmente quando estamos em casa em licença de maternidade, os dias tornam-se solitários. As nossas palavras tornam-se mais simples, muitas vezes falamos só com o bebé, na sua língua de gugu dadá!

Nem sou das mães em pior situação, porque ainda tenho o marido e a mãe por perto que sempre permitem usar mais palavras. Mas a verdade é que um almoço com uma amiga faz maravilhas! Ao vocabulário, à auto-estima, e ao bom humor!

Quando temos um bebé nos braços nem sempre é fácil gerir o tempo...eles tomam o nosso tempo por tudo e por nada e quando damos por isso já passou o dia e nada mais fizemos que não tratar deles (ou passou o tempo só deles e temos que nos transformar em polvo para também dar atenção à mais velha)...

Temos menos disponibilidade e por vezes torna-se difícil conversar com gente que não seja o nosso bebe. E também conversar sobre outras coisas que não seja sobre bebés!!

Não que não seja bom estar com o nosso bebé, mas sinto muitas vezes que o cérebro desligou certas funcionalidades e foca-se na versão "faz crescer esse ser!". 

Nós paramos a nossa vida para essa missão, mas o mundo continua a girar, os amigos continuam a trabalhar e começamos a ter saudades de ver e falar com pessoas!

Hoje foi um almoço bom! Fomos nós mesmas e apesar de termos ido com o pequenito deu tempo para ser adulta e menos "vaca leiteira". Falamos dos filhos (claro), da vida e até deu para umas comprinhas!

Espero ansiosamente por outro almoçinho destes para desanuviar!! 

Amor, saudades e dores de crescimento!

Hoje tinha decidido não escrever nada. Estava com preguiça e sem assunto... Aproveitei o silêncio dos dois a dormir para mexer no pc. 

Enquanto procurava uma foto gira dos manos para assinalar a efeméride dei de caras com os vídeos que o meu pai fez no dia do nascimento do caçula. Perdi-me no tempo e revi aquele primeiro encontro dos manos. O carinho que saía dos olhos dela e lembrei-me das lágrimas que tive que conter. Esse encontro fez de mim a mãe mais feliz do mundo!

Os medos que tive, principalmente da grande mudança que ia ser na vida dela, desvaneceram. Ela tinha acabado de conhecer aquele que, como nós, a vai amar incondicionalmente para sempre! Vai fazê-la rir, chorar, vai desafia-la e irrita-la, mas no final do dia vai estar sempre lá!

Ele ainda é muito pequenino, mas quando a ouve chorar, para e escuta o que se passa. Não descansa enquanto ela não para. Para alguém com 2 meses, só pode ser amor!  

Depois dos vídeos fui encontrar fotos antigas do meu face.. fotos dela com descrições que nem acredito que as fiz, cheias de amor e saudade!

Ela tem o dom de nos tornar melhores! O amor que sinto por ela faz de mim alguém melhor, e apesar da minha vida ter mudado completamente com a sua chegada, não a trocaria por nada deste mundo!

O caçula que nasceu agora vai ser um mano de sorte! Ela tem um coração enorme e cheio de carinho! É doce ao mesmo tempo que rebelde, mas o seu sorriso leva-a a qualquer lado (e como ela sabe disso!!)

Ao ver as fotos dela ao longo dos anos fez-me pensar como o tempo passa a correr! Quando ela fez 2 anos escrevi que às vezes tinha vontade de a enrolar no meu colo para sempre.. a verdade é que essa vontade ainda existe mas ela já mal cabe nos meus braços! (dou sempre um jeito de a ter no meu colo, mas é cada vez mais difícil)

Ela é uma miúda feliz! Tenho tanto orgulho em dizer isso, principalmente porque sei que essa felicidade é ela que a cultiva e fomenta. Vem-lhe da alma e contagia os outros à sua volta!

Diz que em breve se vai casar e que é uma crescida, mas para mim é ainda a bebé que saiu de mim, linda que só ela! (ela não deixa, que diga que ainda é a minha bebé...mal sabe ela que vai ser para todo o sempre!!

Vê-los crescer trás-me sempre um sentimento contraditório. Se por um lado me encho de orgulho tal qual mãe galinha, por outro dói-me o coração de os ver ganhar as asas que passo a vida a incentivar!

Com o caçula, o sentimento será igual e só de pensar nisso dói-me o coração das dores de crescimento!

A coroa é do 1º mês de mana crescida!

Esta foi tirada na véspera!

São maioritariamente dela porque o mano ainda não treinou a arte de ser fotografado de trás! hehe

Quando os miudos ficam doentes...

Isto da maternidade já se sabe que nem tudo são rosas.. Mas quando os miúdos ficam doentes transforma-se no purgatório!

Quando começamos a perceber que algo não está bem (sim, nós começamos a perceber eles quase que ainda não apresentam sintomas), o coração começa a ficar apertado... Quando se consegue, começamos logo com medidas preventivas, mas infelizmente nem sempre conseguimos evitar.

Noutras vezes o mal estar vem de repente, tal qual um furacão que nos apanha desprevenidos e sem norte.. 

Lentamente ou em modo furacão, quando nos deparamos com um filho doente não temos opção! Temos que ser fortes, porque eles precisam de nós! Arranjamos forças lá no mais fundo do nosso ser. Vamos à gavetinha mais pequenina para encarar o que vem ai, por vezes com um sorriso nos lábios para não assustar o filho nos braços...Ao mesmo tempo morremos de preocupação porque eles são a nossa vida e nem sequer queremos pensar no que pode acontecer.

Quando a coisa é grave, somos obrigados a pensar no que pode acontecer e ai aquela parte de nós que estava forte, fica ainda mais pequena...

Quantas vezes não podemos chorar ("porque seca o leite" - ouvi eu muitas vezes), ou nem sequer podemos descansar... Entramos em modo automático. Faz-se o que se tem que fazer e nós ficamos para depois...

Mesmo assim quem não dava tudo para ficar com a doença do filho? Nem que seja com o nariz entupido e deixa-los dormir descansados! Que me doa a mim em vez de lhes doer!

Nós pais, somos tão fortes que nenhum super herói nos ganha em força e coragem!

Felizmente e levanto as mãos para o céu, os seus pequenos nunca nos pregaram grandes sustos. Tirando o mega susto da mais velha logo ao início, a nossa relação com as doenças tem sido pacífica e esporádica (narizes entupidos, febrezitas, nada de grave), mas o pânico que algo não corra bem está lá sempre à espreita...

Hoje durmo com o coração pequeno... não pelos meus, mas por aqueles pais que hoje não dormem junto dos seus pequenos! 

Mas sei, lá no fundo, que amanhã o dia irá amanhecer será mais sorridente!💓

Passam anos e anos, mas a memória não deixa esquecer!

A mais velha, tão pequenina! O nosso grande começo que ainda dói quando olho para as fotos!

 

Fomos à terra dos sonhos!!

Depois de tudo combinado com as mães das amigas, chegou o grande dia de irmos ver a Disney on ice!

Nunca tinha ido ver este espectáculo, porque sempre achei que iria ficar desiludida. Uma coisa é ver os filmes e crescer com eles, outra é ver um espectáculo dos mesmos, que normalmente não corresponde às nossas expectativas.

Mas com a garota crescida e delirante com os anúncios na televisão do espectáculo, resolvi arriscar e lá fomos nós.

Para começar, a excitação de estarem todas juntas fora da escola já fez meia festa. Estas pequenas são amigas do coração e adoram fazer programas.

Quando o espectáculo começou, não foi só a pequena que ficou maravilhada... Digamos que foi tudo acima das minhas expectativas.. Apesar de não ser tal e qual os filmes, conseguiu perfeitamente fazer-nos entrar no mundo mágico da Disney!

A qualidade, os pormenores, as danças e todo o ambiente, fizeram do espectáculo um tempo muito bem passado! As miúdas pequenas fartaram-se de dançar, saltitar e partilhar as suas observações umas com as outras. É bom vê-las crescer juntas!

Quando finalmente chegou a Ana e a Elsa, ficaram todas hipnotizadas! A cara da pequena foi impagável e valeu por tudo!!

Escusado será dizer que vi metade do espectáculo pelo telemóvel... já conheço a minha peça e sei que iria querer rever aqueles momentos vezes e vezes sem conta...Ficámos com alguns filmes, principalmente dos momentos que mais encantaram a pequena!

Para o ano lá estaremos e daqui a uns anos se tudo correr bem iremos à fonte de todos os sonhos e vou poder levar a minha princesa ao mundo encantado da Disney!

"Mãe, a Elsa e a Ana são mesmo de verdade?"... Como dizer que não? "Sim filha, claro que são mesmo elas!!" ;)

 

O que muda no segundo filho...

A ideia romântica dos dois filhos, numa família bonita de 4 elementos, de preferência um casalinho vestido matchi matchi cai por terra quando realmente se tem o segundo filho recém nascido em casa..

Ora cá vão as grandes diferenças boas...

 

-Dar de mamar custa menos. Apesar do início ser igualmente difícil, sabemos que vai passar!

- Já temos os utensílios principais para a chegada do bebe, tanto para ele como para nós. Menos um factor de stress

- Com a primeira experiência já sabemos melhor o que queremos e como já estudamos vários produtos, o que compramos é realmente útil!

-Estamos mais confiantes na generalidade, há menos factores de stress

-Preocupamo-nos menos com as pequenas dificuldades do dia a dia, 

-Já temos pediatra, obstetra, médico de família, etc etc

Mas nem tudo é mais fácil... 

- O segundo é um rapaz..limpar pilinhas faz uma ENORME diferença que mudar rachinhas! (é muito mais difícil limpar rapazes!).

-Não há tempo para sestas durante o dia, há sempre qualquer coisa para arrumar.

-Não há tempo de recuperação. Existe uma criança mais velha que precisa de nós. Precisa de ir à escola, ir à piscina e alguém tem que a levar.

-Dorme-se menos..quando não acorda o bebé, acorda a mais velha! Ou nas melhores noites, acordam os dois ao mesmo tempo! 

-Temos que milagrosamente evitar que o bebé chore de noite...para não acordar a mais velha!

-A preocupação de incluir a mais velha (que as vezes só complica a rotina), tentar que não se sinta excluída, dá cabo do coração de uma recém mãe que só quer olhar para o seu recém nascido!

-Os horários são mais difíceis de gerir...o mais velho e o mais novo tem diferentes horários e há que geri-los!

-Sair só com os miúdos é uma aventura!

-Temos que arranjar tempo para o filho único..para o mais velho mas também para o mais novo!

-O espaço em casa/carro fica curto para tudo...começamos a precisar de carro novo, casa nova...

Mas apesar de todas as dificuldades que encontramos na chegada do segundo, há duas coisas que nunca são negativas:

- O amor que sentimos dentro do peito é ENORME e nunca diminui! 😍

- Todas as dificuldades passam! A maioria delas nem sequer é preciso fazer nada para mudar, passam naturalmente! Daqui a uns meses, os dramas do recém nascido passam para dar origem a outras preocupações diferentes!

Coragem! Tudo vai melhorar! 🙏💪