sábado, 5 de maio de 2018

Fomos ao teatro com a Mana ou com o Mano?

Hoje de manhã, peguei na malta pequena, na amiga do coração da piolha com a sua mãe e fomos até Oeiras ver a peça "Afinal o Caracol" da Associação artística Andante.

É uma série de peças que utilizam poemas do Fernando Pessoa para dar voz aos mesmos e leva-los até aos mais pequenos!

Desde que vimos o "Afinal o Íbis" que queria leva-la a ver esta peça. Ela adorou o Íbis e sempre ouvi falar muito bem do caracol. Achei que seria uma mais valia até porque eram poemas do Fernando Pessoa.

O tempo estava óptimo, por isso ainda demos uma voltinha ao jardim antes de entrar em cena.

Quando começou, algo no meu íntimo me dizia que afinal quem ia gostar mesmo da coisa iria ser o pequeno caçula. Ele começou logo a sorrir e ela fechou a cara que costuma ser sempre de espanto.

Ora, rapidamente percebi que a pequena que adorou o Íbis já tinha crescido demais para uma peça destinada aos mais pequenos.

Ela confirmou-me a sua desilusão com um "mamã, não estou a gostar".

O melhor de tudo desta miúda é que, mesmo não se sentindo atraída pelo que via, esteve sempre atenta e tentou tirar algo de bom na peça. Conseguiu naqueles momentos encontrar algo que a divertia e dar-lhe gosto em ir. 

O caçula, esse teve nas sete quintas. Esteve o tempo todo atendo aos sons, aos movimentos e fartou-se de palrar. No final, assim que o coloquei no marsúpio para vir embora, ele percebeu que a "festa" tinha acabado e adormeceu imediatamente. Dormiu num sono tranquilo até casa!

Afinal desta vez levei o caçula ao teatro e a mana a fazer companhia! A piolha adorou a companhia da sua amiguinha e acabou por se divertir numa manhã e um espectáculo diferente!

No próximo sábado e no dia 26 haverá a apresentação das outras duas peças, em Oeiras no Templo da Poesia. Recomendado só a bebés! ;)








quinta-feira, 3 de maio de 2018

Tanto tanto!

Ontem participei na primeira sessão de uma serie de encontros para falarmos sobre leitura de livros ilustrados. Foi um encontro descontraído com a Bru (uma excelente contadora de historias), que não só nos levou a conhecer diferentes livros como também me levou a reflectir um pouco sobre o ato de contar histórias.

No final da sessão confessei que a tinha ouvido contar uma história há uns anos, numa escola onde trabalhei, e que nunca mais a tinha conseguido contar a mesma a outras crianças, por sentir que nunca estaria à altura. Disse também que gostava muito que a minha filha a pudesse ouvir contar historias, pois a sua forma de contar toca-nos no nosso fundo e deixa sempre algo de bom, embora soubesse que depois disso a minha filha iria reclamar sobre a minha forma de contar historias.

Ela disse-me uma coisa que entrou em mim e fez todo o sentido. O afecto que os pais e os filhos partilham permitem que as histórias sejam magicas e que lhes toquem com muito mais facilidade que qualquer outra pessoa.

Saí de lá com essa frase a percorrer o meu ser, da cabeça ao coração e de volta à cabeça. 

Reflecti um pouco sobre a forma como tenho lido as histórias à piolha. Como agora a hora de deitar é um multitasking, é sempre complicado conseguir contar a história de corpo e alma, com o bebé a chorar ou a mamar ao mesmo tempo.

Senti então em mim uma vontade de contar a tal história. Uma forma de a contar foi-se apoderando em mim e a pouco e pouco a história, que é sobre o amor um bebé, foi-se materializando dentro de mim e entranhar-se na minha pele.

Quando cheguei a casa, tinha os dois à minha espera. Ele sedento de mama (não quis beber do biberon do meu leite) e ela sedenta de atenção. E eu voltava a casa sedenta dos dois! De os cheirar, de os sentir e de os pôr debaixo dos braços!

Com o caçula na mama, contei finalmente o "tanto, tanto!"

Foi tão bom e saiu tão do coração que até o piolho pequeno parou para a ouvir. Se falavam de bebé, deveria concerteza ser para ele!

Quando a história terminou a mais velha quis contar de novo a duas vozes e, cheias de amor, contamo-la ao nosso bebé, que muito atentamente nos ouvia!

E assim, como quem não quer a coisa ganhamos um novo livro preferido! Percebi que para a poder contar faltava-me um bebé a virar o meu mundo do avesso e uma crescida como companhia de leitura!

Continuo a achar que não sairá bem se contar aos meus alunos, mas cá em casa, aos dois amores da minha vida, faz agora todo o sentido!

domingo, 29 de abril de 2018

Eu mudei e já não volto atrás!

Depois de deitarmos a malta pequena e comermos o jantar no sofá (com miúdos em casa estes prazeres só mesmo em dias em que só comemos depois de os deitar), estive entretida no instagram.

Andei a "cuscar" diferentes contas e encontrei uma de uma antiga amiga, da qual a vida fez com que seguíssemos caminhos separados.

Quando estava a ver um pouco da vida actual dela, veio-me à memoria o sabor de quem era quando éramos unha e carne. Veio-me à memoria o cheiro da minha vida, o sentimento de liberdade que na altura tinha.

Por momentos fiquei com saudades do tempo em que não tinha encargos, não tinha filhos nem tão pouco marido. Saudades de chegar a casa tarde, de ir ao ginásio até apetecer, de jantar fora sempre que queria e de ir de férias mesmo para descansar!

Saudades de namorar quando e onde quisesse, dormir até tarde depois de uma noite de series, saudades de ir comer fora, de ser magrinha e de ter o coração sempre dentro do peito.

Ora, estava eu na melancolia das saudades, quando a mais velha acorda a chamar por mim.

Acreditem ou não, voltei à terra num ápice e quando cheguei ao quarto dela e senti o seu cheiro, todas as saudades que há segundos sentia esfumaram-se por completo!

Por momentos senti-me grande, senti-me tão grande que já não era a mesma! 

Eu mudei desde ai até agora. Mudei tanto que nunca mais voltarei a ser a mesma (tirando a magreza que um dia ainda queria lá voltar! eheh)

Eu não vou voltar a sentir-me livre e desimpedida. Não vou voltar (pelo menos tão cedo) a dormir até querer, a ter férias para descansar, ou a não pensar em horários e pensar só em mim.

Não vou, eu sou tão feliz por isso!

Eu amo a minha vida! Adoro os dois pequenos que são efectivamente a minha vida! O meu marido é o melhor do mundo (do meu pelo menos! hehe). 

Eu já não sou quem eu era, mas agora, sou mil vezes melhor!

Tenho mais sono (tanto tanto..), tenho mais rugas e até já tenho cabelos brancos. Mas o meu coração aumentou de tamanho e abarcou as 3 pessoas que me fazem tão feliz!

Não trocava por nada as minhas noites mal dormidas por uma manhã a dormir até tarde. 

Porque se antes a vida era boa, agora tenho sorrisos rasgados (uns sem dentes) que me derretem o coração, abraços que valem o mundo, um ombro amigo que é muito mais do que amigo! Tenho pés pequeninos a chegar de manhã à minha cama e outros ainda mais pequeninos a dormir mesmo ao meu lado.

Tenho ataques de mau feito contra mim que me lembram o quanto a genética é real, e tenho a melhor mão mini mini a segurar-me o dedo!

Era bom quando era assim, mas agora é mil vezes melhor!

Foi o caminho que percorri até hoje que sou o que sou. As dificuldades, as lágrimas e os momentos de felicidade ajudaram-me a caminhar e a construir o meu caminho.

Sempre achei que era importante encontrar a felicidade nas pequenas coisas, sermos felizes todos os dias um bocadinho. Mas agora, todos os dias sou um bocadão feliz! E tão tão grata!

Gosti gente pequena da minha vida! E de ti também meu amor crescido!


Não há lugar melhor para estar do que no meio destes dois!
É das ultimas fotos de família que temos! hehe

Quando o bebé dormir...dorme também!

Cada vez que oiço esta frase, sobe em mim um calor...! É um óptimo conselho, eu também provavelmente já o dei a amigas minhas...mas pelo menos comigo parece-me impossível de concretizar!

Ok... cada vez que o miúdo dorme eu também durmo... e então quem faz as camas? ou arruma a casa? ou brinca/dá banho/dá jantar à mais velha?

Quando é que eu consigo tomar banho? Ou comer?

Quando o bebé finalmente dorme eu quero mesmo é sentir-me gente e fazer alguma coisa de gente...tipo ver uma série ou comer chocolates ou ir ao facebook!

Das poucas vezes que cedi e arrisquei a dormir quando ele dormia, ele acordou meia hora depois e eu ganhei uma bela dor de cabeça!

Outra coisa que aproveito para fazer quando ele dorme é tirar leite...isto é tudo muito bonito ter leite para o miúdo beber depois de deixar de mamar, mas nalguma altura tenho que o tirar... com ele acordado a disposição é tão pouca que quase que nem sai nada!

Quando os bebés dormem outra coisa muito importante fazer é olhar para eles!! O que há melhor na vida do que vê-los quietinhos, caladinhos com cara de anjos? Só apetece acordar-los com beijos! (essa vontade passa logo, assim que nos lembramos de como é quando eles estão acordados)

Conclusão, a privação de sono começa antes de eles nascerem e com muito boa vontade dura ate aos 5/6 meses! (sim eu sei, muitas vezes até aos 2/3 anos...mas prefiro ser optimista! eheh)

O meu cérebro anda já a meio gás e com isto de acordar de noite umas quantas vezes deixa-me totalmente fora do mundo! 

Claro que com a primeira isto não aconteceu, mas a idade também pesa... e nem dá para fugir!

Sei que comigo estão umas quantas....juntas não conquistamos o mundo mas havemos de conseguir recuperar o funcionamento cerebral!! ;)






Isto deu-me um sono!!!! 😁😨