quinta-feira, 26 de abril de 2018

Levamos a rosinha ao hospital da bonecada!

Desde o ano passado quando fomos ao hospital da bonecada que os sigo no face e vou sabendo por onde andam.

Quando soube que iam voltar ao Colombo arranjei um buraquinho pelo meio das fraldas e leites para levar a mais velha!

Ela o ano passado adorou a visita e tinha a certeza que este ano ainda ia ser melhor.

Na terça feira "fugimos" mais cedo da escola e lá fomos nós ao hospital.

Mais uma vez a piolha adorou a visita! Este ano com uma perspectiva diferente e muito mais à vontade com as doutoras, fartou-se de falar com elas, explicar tudo e fazer os tratamentos necessários!

Foi uma tarde super divertida para ela, mais a sua filha, que entrou com uma dor de cabeça e saiu pronta para outra e cheia de autocolantes!

É louvável o trabalho que fazem nestas iniciativas. As voluntárias tem imensa paciência com os miúdos. Explicam de uma forma muito simples os diversos procedimentos, salas e instrumentos. São carinhosas e cuidadosas e nunca deixam um miúdo sozinho!

É um descanso te-los lá dentro, principalmente porque até conseguimos, de fora, ajudar a desconstruir alguns medos e receios deles. Este ano ia dando algumas dicas à piolha para lhe lembrar a associar outros momentos da nossa vida relacionados com hospitais e médicos.

O mais chato de tudo é estar 2 horas de pé à espera que ela termine... mas a felicidade dela lá compensa as dores nas pernas!

Vão lá estar até dia 29 de Abril no Colombo para crianças dos 3 aos 10 anos! É gratuito e ainda recebem no final um saquinho com amostras! 

Para o ano lá estaremos de novo!



















quarta-feira, 25 de abril de 2018

25 de Abril sempre!

O 25 de Abril é, cá em casa, uma data comemorada todos os anos!

Eu estou completamente fora do panorama político do nosso país (quer dizer, conheço a malta e o básico. Principalmente sei onde me situo nos meus princípios e preferências políticas). Não gosto, faz-me confusão a vida politica (se fosse na minha sala passavam a vida a pensar na vida...) e prefiro nem tentar compreender. Quando preciso de saber (eleições e afins), tento informar-me o mínimo indispensável para votar de acordo com os meus princípios.

Por isso, para mim o 25 de Abril está fora do panorama político atual. Para mim, todos devíamos festejar o 25 de Abril pelo que foi e o que significou para um país inteiro. Sei, claro, que tudo se passou no panorama político do país na altura. Foi uma revolução politica e fez com que fosse possivel a vida politica atual. Mas para mim foi muito mais que isso! Foi a chegada da liberdade, da possibilidade de sermos diferentes e melhores!
 
Todas as crianças deviam saber o que mudou e principalmente devíamos lembrar as nossas crianças do valor da liberdade!

Este é o único dia festivo em que, todos os anos, paro a minha vida de sala de aula para explicar e fazer algo alusivo ao tema.

Eu não passei pelo dia e felizmente não vivi o antes, mas tenho imenso respeito por aqueles que nos deram a oportunidade de sermos livres com todos os direitos que temos atualmente. 

Gosto de ver os filmes, ouvir as reportagens do dia e imaginar a rebeldia daqueles que ganharam coragem para tomar a voz do povo e devolve-la.

Arrepia-me ouvir o Grândola e todos os anos ensino a Gaivota no meu grupo.

Sinto que devia ser um dia "obrigatório" de lembrar nas salas de aula, dar a conhecer às crianças o valor da nossa vida actual e de como isso foi ganho por um conjunto de pessoas muito corajosas! Sendo um evento político, ultrapassa essa dimensão, quando permite que todo um povo veja as suas vidas mudadas, mais livres, leves e felizes.

Acredito que tenha uma visão romântica da revolução. Mas mesmo na minha visão romântica do dia, sinto que é importante festejar, relembrar o antes para nunca se permitir que o antes seja o amanhã.
 
Este ano não tenho grupo, mas fiquei super feliz de saber que na escola onde trabalho foi criado um evento escolar sobre o dia e como o meu grupo me soube explicar o que significa este dia.

Cá em casa, todos os anos falamos nisso à piolha, ouvimos a música e contamos vezes sem conta a história (ela também gosta e adora repetições)!

Todos os anos vamos à avenida, mostrar-lhe que somos muitos a valorizar e respeitar o dia! Adoro ver famílias inteiras a passear na avenida, a conviver no meio da rua neste dia que felizmente é um dia de festa! 

Hoje fomos estrear-nos como família de 4! Levamos os dois carrinhos e lá fomos nós mostrar aos filhos que há valores que duram muitos muitos anos!

O Martim estreou-se no chapéu de sol e dormiu ao som do Grândola vila morena... A Margarida festejou até as forças lhe faltarem a adormecer no meio de tanta agitação. Eles dormem descansados...sabem que quando acordarem tudo será como sempre foi para eles, feliz e despreocupada!

Felizes são os miúdos que mesmo sem terem noção da importância do evento são felizes no seu festejo! Como dizia a Margarida quando lhe resumi a historia de manhã: "Mãe, ainda bem que os senhores bons apanharam o senhor mau! Somos muito felizes assim!"

Somos sim filha...e se tudo correr bem vamos sempre festejar a coragem de uns para o bem de todos!

25 de Abril sempre!🌹


Ao fundo está sempre o futuro, mas é na nossa mão que descansam as decisões!

Ainda não tinha acordado decentemente...

No metro!


Os 4, dois a conduzir e dois a dormir!

a primeira viagem de metro do rapaz

Esta já é do ano passado, mas adoro a carinha de bebé, lá atrás!

domingo, 22 de abril de 2018

O que mudou na segunda gravidez!

Toda a gente diz que as gravidezes são todas diferentes, mas eu sempre rezei para que as minhas fossem muito semelhantes... Na gravidez da Margarida tive 0 incómodos. Tirando a azia no final da gravidez, praticamente passou-me ao lado os incómodos normais dessa fase da vida.

Claro que no final já estava enorme, mas lembro-me bem de fazer imensas caminhadas para ver se a rapariga se encaixava e decidia a sair pelo caminho normal!

Ora desta segunda vez já não foi assim tão simples...Felizmente em termos médicos foi uma gravidez pacífica e sem sobressaltos.

Mas olhando para as alterações da minha vida.. aí já o assunto muda de figura.

A começar pelas más disposições do primeiro trimestre. Não andei propriamente enjoada, mas a juntar aos nervos por causa do trabalho a coisa andou meia agoniada.

Passam os "enjoos" e chega a azia! Se da mais velha só tive no final porque a rapariga era grande e estava muito em cima, deste piolho pequeno, foi logo aos 4 meses... Duvido um pouco da crença da relação da azia com os cabelos, mas a verdade é que o rapaz saiu bem cabeludo!

Embora desta vez as minhas costas tivessem muito mais colaborativas e não tivesse dores (até porque ele era mais pequenino), o rapaz assim que começou a ganhar peso, encaixou-se sabe Deus onde, que no resto da gravidez deu-me cabo dos nervos.  Não, não era do sistema nervoso...era mesmo de um nervo qualquer que o rapaz insistia em pressionar e que me dava dores loucas! E claro, quanto mais pesado, mais dores!

Foi essa a minha principal queixa durante a gravidez. O peso dele, as noites mal dormidas, as mil vezes na Wc, tudo isso faz parte...mas as dores na virilha, essas não era suposto e tive o "prazer" de as ter comigo até ao fim. 

Desta vez também o lado romântico da gravidez já não existiu. A ideia da primeira gravidez, o encantamento da descoberta do bebé, da preparação do quarto, tudo isso já não é tão forte. 

O que se intensifica são as preocupações, os medos e a ansiedade de como vai ser no futuro. Temos muito mais noção do que pode correr mal, dos problemas que podemos enfrentar e do que vai acontecer. Sempre fui uma pessoa muito positiva, mas a verdade é que há medos que são inconscientes e inevitáveis. Aprendemos a viver com eles, mas o aperto no coração só passa (ou alivia) quando temos o bebé são e salvo nos nossos braços!  

Achamos sempre que não estamos a dar atenção suficiente à barriga, não falamos tanto com ela. No meu caso, muitas vezes nem me lembrava dela!

Para além de tudo, ainda tinha a pequena que achava que a mãe se conseguia mexer como de costume. Mesmo quando eu já estava de barrigão sem me conseguir dobrar!

A pouco e pouco fui deixando de conseguir fazer as rotinas de sempre com ela...o banho, o deitar, o sentar no chão a brincar! Mesmo assim, ainda me lembro de estar com ela no chão 15 dias antes do rapaz nascer! Este deixar de fazer as rotinas com ela serviram também para depois do bebé nascer ela não sentir tanto a diferença, mas até deixar de as fazer ainda me vi grega umas quantas vezes...

O facto de termos outra criança em casa complica um pouco a questão da gravidez... deixa-nos menos espaço de manobra para descansar durante o dia e pelo contrário, dá-nos mais trabalho, porque os pequenos querem continuar com o seu ritmo a 100%!

As noites que já são mal dormidas por causa da barriga, também temos a mais velha a chamar pela mãe a meio da noite!

Enfim, a verdade verdadinha é que mesmo com imensas dores e o coração minúsculo, já ando a suspirar de saudades da minha barriga!
 
É para mim, das melhores fases da vida, saber que estamos a gerar uma vida e sentir o bebé a pouco e pouco a mexer dentro de nós. É na única altura da vida em que mostro orgulhosamente a minha barriga, sem a ter que esconder ou disfarçar!

Provavelmente esta foi a minha última gravidez, mas a verdade é que as saudades já são muitas!

As preparações


Uma das primeiras fotos dos "manos"


Na sessão de família que fizemos!
Na véspera do rapaz nascer! Depois de me despedir da pequena e ficar com o coração ainda mais pequenino!