No outro dia, depois de imenso tempo a querer ver o filme, consegui 2 horitas para ver o Tully!
A piolha mais velha estava com a avó e o piolho estava bem disposto e deixou-me ver (com um intervalinho para o ir deitar para a sesta) algo tão inédito como um filme do início ao fim!
Já tinha ouvido boas críticas do filme e estava super curiosa de o ver. A verdade é que adorei!
Passei o filme todo com uma linha de pensamento (não, não fui logo muito perspicaz, mas o meu cérebro não anda no seu melhor!), e no fim levei um baque que me tocou o coração!
Toda a agitação dos primeiros tempos, a gestão dos dois (no caso dela 3), tendo que respeitar as necessidades de cada um não é tarefa fácil. Nós acabamos muitas vezes por fica para trás.
Quantas vezes, ainda agora já com a nossa vida a 4 normalizada, me sinto tão pouco mulher e tanto mãe! Quantas vezes tenho a malta pequena toda arranjadinha e quando chega a minha vez já não tenho nem forças nem paciência para me arranjar?
Mas a verdade é que apesar de nos deixamos em último lugar, na maior parte das vezes conseguimos manter o mundo à nossa volta bem, cuidando de todos os que nos rodeiam e fazendo aquilo que temos que fazer. Na maior parte das vezes à custa da nossa sanidade mental e dentro de um enorme cansaço que quase nunca se vê.
Adoro ser mãe da minha malta, mas as vezes (só as vezes) precisava de ser menos mãe e mais Catarina.
Conclusão, adorei o filme! Acho que é uma óptima representação dos primeiros tempos e da forma como cada uma de nós, de uma maneira onde outra consegue dar a volta ao "trapo" que ficamos quando passamos por um parto e seguimos com a vida da família em frente.
Felizmente nem sempre estamos tão sozinhas e nem temos um episódio tão trágico, mas de certeza que todas acabamos por ter uma Tully dentro de nós!
A todas as mães, recentes ou não, aconselho vivamente o filme. De certa forma lembra-nos do quão forte somos e como, pelos filhos, fazemos "milagres".