terça-feira, 20 de junho de 2017

Brincar sozinha...

Como já tinha dito antes, sendo filha única sempre brinquei muito sozinha. Apesar de viver rodeada por primos, muitas foram as brincadeiras que fiz sozinha com os meus bonecos/filhos/alunos.

Brincar sozinho, é no entanto um sinal de crescimento. Uma etapa que todos deveríamos passar para melhorar tantas das nossas competências. Quando brincamos sozinhos, desenvolvemos a criatividade, conseguimos pôr em marcha as nossas ideias de uma forma mais fácil (não temos que as discutir com ninguém) e aprendemos a divertir-nos sem a imprescindível presença de ninguém.

Claro que, tudo o que referi também se aplica a brincadeira com pares, que obviamente é muito importante desenvolver. Mas quando eles brincam sozinhos descobrem um mundo deles, trabalham as suas fragilidades e "digerem" sentimentos "entalados".

A ideia não é brincar sempre sozinho! Brincar com os pais e irmãos é uma fatia importante na rotina da criança. A ligação com os pais oferece à criança grandes benefícios emocionais e que deixam marca! Aquela marca que não se vê mas que se sente...

Mas quando as brincadeiras com os pais estão garantidas, o tempo de brincadeira a sós torna-se importante para toda a família... Os filhos porque se entretém com as suas aventuras e os pais porque acabam por ter um tempo para eles. 

Para mim, para além dos dois factores ainda acresce o facto de ficar deliciada com as conversas com os bonecos, as estratégias que arranja e como a cada dia faz brincadeiras mais complexas e como aplica o que vai aprendendo nos vários contextos.

As vezes apetece-me filmar tudo o que faz, o que diz para daqui a uns anos (puff, meses!) quando já não me lembrar do que disse, poder recordar!

A piolha tem os seus dias! Hoje por exemplo está deliciada com a sua casinha de madeira e fazer uma festa em família! Já montou uma serie de casas de legos e vai variando a sua brincadeira nas casas (uma delas é minha, outra é dela, outra do ruca...)

Mas nalguns dias precisa da nossa presença para começar a brincar. Precisa de estarmos lá e dizermos que estamos a brincar com ela, para que, entre no seu mundo e se divirta! (mesmo que estejamos lá só apenas para fazer número, sem parte ativa na brincadeira)

Adoro vê-la brincar, mas a cada final de brincadeira lá fica a dor de alma..agora está na hora de arrumar! hehehe







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