terça-feira, 26 de junho de 2018

Filho de sua mãe...

Em Setembro o nosso caçula vai entrar para o berçário.

Tenho repetido mentalmente esta frase para me convencer a mim mesma que isto vai mesmo acontecer. Vai mesmo TER que acontecer.

A minha licença já terminou mas conseguimos ficar com ele em casa até Setembro, onde a vida vai de novo mudar.

Se nos segundos filhos tudo fica mais fácil, há momentos em que, para mim, se torna mais difícil de digerir. Ele é o meu bebé, provavelmente o meu último bebé.

É o nosso caçula, o mai novo, o meu pequeno!

A educadora da miúda sempre disse que eu era uma mãe galinha. E sempre teve razão. Não em relação a ela directamente, porque sempre lhe dei espaço para crescer a fazer as suas aprendizagens, mas em relação ao meio que a rodeia. Sou exigente para com a escola e faço tudo para não falhar.

Para mim não há desculpas para faltar aos compromissos e pedidos da escola, nem mesmo o nascimento do irmão, mas também gosto de perceber que a escola cumpre as tarefas e responsabilidades que lhe compete.

Não é que com ele seja mais ou menos exigente. Já conheço bem a creche e tenho a certeza que será muito bem tratado. Terei o mesmo respeito e exigência que tive com ela, mas é cá dentro que mora a grande diferença.

Enquanto que com ela sempre quis que ela fosse crescida (tudo a seu tempo claro) e o ir para a escola sempre foi algo expectável, com o caçula o sentimento é outro.

Com ele quero que o tempo passe devagar. Que ele cresça sim, saudável e feliz, mas de preferência que o tempo se esqueça de passar por aqui.

Adoro vê-lo crescer e aprender coisas novas. Estou desejosa que vá ganhando "medalhas" das conquistas que vai fazendo, mas quero-o só para mim!

O que sinto é que, quando for para a escola vai passar a ser o mundo, com novos amores, novos amigos e novas pessoas que vão estar muito mais tempo com ele! 

Vai chorar sem eu lá estar (quando estou também chora quando tem que ser), vai-se sentir estranho num local sem o nosso cheiro, vai dormir sem o meu olhar atento. Ele vai sobreviver, mas o coração de mãe vai doer.

Também me custa pensar que vai ter que sair do nosso quarto, longe de mim.  A noite é só nossa, quando mama à noite, só os dois estamos acordados. Temos olhares cúmplices e carinhos só nossos. Adormecemos muitas vezes a meio da mamada, mas estamos os dois. Só os dois, sem barulho, sem pessoas, sem luz!

Mas vai ter que ser, por mais que me doa, ele irá seguir o seu rumo, vai aprender a gostar das suas crescidas, a ganhar novos amigos, novos colos e até a gostar de dormir longe da mãe...mas aqui bem dentro do me coração ele vai ser sempre o meu bebé, o menino de sua mãe.

Este post foi escrito assim, com ele a dormir ao meu colo. E que bom que foi!





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