quarta-feira, 11 de julho de 2018

Mamã, quando for grande quero ser como tu!

Este fim de semana foi a loucura do aniversário da piolha! Em breve virá o post do aniversário, mas hoje falo-vos dos mimos que ela me anda a dar!

Desde que a piolha nasceu nunca foi meu objetivo criar um ser à minha semelhança. Sempre tentei mostrar-lhe o mundo e dar-lhe diferentes oportunidades de o conhecer e tirar as suas ilações sobre o mesmo.

Quando conversamos tento mostrar as minhas opiniões e ideias, mas valorizando as suas e dando-lhe espaço para conversar sobre elas.

Ora há uns tempos para cá, ela tem vindo com a conversa do que quer ser e como fazer as coisas quando for grande. Eu sempre apostei em engenheira civil ou algo parecido como profissão, já que ela adora tudo o que seja relacionado com construções, estradas, linhas de comboio e afins.

Na semana passada estávamos a conversar a caminho de casa e de repente diz-me ela "Sabes mamã, quando eu for grande vou trabalhar com a Carolina. Vamos ser professoras e trabalhar na mesma escola. E sabes mamã, eu quando for grande quero ser como tu, professora e mãe com um bebé na barriga"

A minha primeira reacção foi "a sério filha, educadora? Olha que isso não compensa..."
A verdade é que eu adoro o que faço e não trocava por nada, mas sei que não é de todo uma profissão valorizada nem tão pouco descomplicada, o que faz com que eu não a deseje como futuro da piolha.

Mas também sei que se a vocação é essa, não vale a pena negar, mais tarde ou mais cedo ela vai acabar por chegar lá. Por isso não fui muito efusiva na minha negação e lá está, sendo que o caminho é dela, o meu papel é apoiar.

Também já me explicou nas suas conversas telefónicas fictícias que falava daquela forma porque queria fazer como eu fazia. (um espelho autêntico...aquela miúda apanha tudo)

Passado uns dias repetiu o seu desejo para o futuro. "Quando for grande quero ser como tu mamã, professora, mãe e escuteira." O resto da frase já incluiu as suas futuras crias, que se por um lado me fizeram rir, por outro deu-me a certeza que apesar de ser querer ser igual à mamã também tem as suas ideias e convicções próprias.

Ontem já na cama, a adormecer o mano, pergunta-me ela..."mamã, tu não gostas de quê? Não gostas que te mexam no cabelo e mais ou quê?"

Adoro ouvi-la dizer que quer ser igual a mim. Não pelo facto de vir ser um mini me, mas porque quer dizer que estamos a passar pela fase do "idolatrar" a mãe. Apesar de perceber que ela tem as suas ideias e convicções a mamã é alguém a seguir. 

Sempre pensei que as meninas fossem sempre mais pelo lado do pai, mas acho que o facto do nascimento do irmão ter sido há pouco tempo, contribuiu para ela estar mais ligada e a requerer mais a minha atenção.

Vou aproveitar ao máximo estes mimos e estes desejos dela, porque daqui a pouco tempo ela vai querer levar o seu caminho por outros trilhos e claro que, apesar de saber que sempre gostará de mim, estes momentos mãe e filha aquecem-me o coração.




Sem comentários:

Enviar um comentário