quarta-feira, 17 de maio de 2017

Maldito sistema!

Desde a algum tempo para cá andamos a pensar no próximo ano letivo. Este ano a piolha faz os três anos (como passou a correr...) e deixa de pertencer à creche...

Sempre foi nossa filosofia inscrever os nossos filhos na escola pública. Apesar de tudo o que se diz sobre as escolas públicas, cada vez mais acredito que o que dá qualidade à escola são as pessoas que lá estão, principalmente a educadora que está com o grupo. Só se fazem omeletes com ovos, mas conheço umas quantas educadoras que mesmo com condições mínimas conseguem dar uma ação de qualidade ao seu grupo. Por outro lado, também conheço outras (tanto no público como no privado) que apesar de terem todas as condições, não dão a mínima qualidade ao seu trabalho.

Assim, e já esquecendo a parte da educadora, porque é muito mais imprevisível, pensámos onde queríamos que a nossa filha estudasse e achamos que a escola pública, apesar de todas as condicionantes, seria o ideal. 

O grande problema desde país é que as crianças nascem apenas com 3 anos (ou melhor, com 4) o que faz com que só a partir dessa idade haja oferta educativa do estado. Mas, e há sempre um mas em todas as histórias, a conversa dos 3 anos ainda é um pouco utópica.

A verdade é que existe universalidade de entrada das crianças aos 4 e 5 anos. Para os 3 anos a coisa não é bem assim. São os últimos da lista e só entram caso ainda exista vagas depois da entrada de todas as crianças de 4 e 5 anos. Se nalguns agrupamentos consegue-se abrir salas de 3 anos todos os anos, noutros, a entrada de crianças com 3 anos é quase inexistente.

Claro que a nossa zona é uma dessas, onde a entrada dos 3 anos é uma miragem no meio do deserto.

Não estou com isto a dizer que acho que os 3 anos devessem passar à frente dos outros. Considero é que já devia ser mais do que universal a garantia de vaga para todas as crianças em idade pré-escolar! (já para não se falar na creche, mas isso são contas de outro rosário).
 
Resumindo... neste momento vivo com dois grandes dilemas... onde vamos inscrever a miúda com todas as prioridades e critérios de entrada dos diferentes conselhos e agrupamento. E o mais importante..como é que vou conseguir preparar a miúda para uma mudança tão radical na vida dela, onde provavelmente vai deixar de ter o seu grupo de amigos de quem tanto gosta. 

Eu sei que as crianças se adaptam muito bem e que provavelmente vai custar-me mais a mim do que a ela, mas mesmo assim, acho profundamente injusto ter que submeter as nossas crianças (e pais) a estas inseguranças ainda tão pequenos!

Enfim, vamos ponderar muito bem cá em casa qual o caminho a seguir de forma a que ela seja o mais protegida possivel da realidade pura e dura. 


 

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