Quem é mãe/pai, sabe perfeitamente que quanto mais pressa temos, mais complicado é despachar-nos!!
Todos os dias de manhã, apesar de não ser a correr, temos os minutos mais ou menos contados. Mas mesmo assim há sempre alguma coisa que nos faz parar e perder alguns minutos. Ou o casaco que não está apertado, ou porque a bolacha desapareceu, ou porque falta qualquerCoisaQueNinguemPercebeOquê!!
Nos dias em que nos atrasamos por algum motivo, ainda parece que há mais motivos para parar e numa primeira hipótese para sair discussão!
Quantas vezes dizemos não a algo, provocando uma gigantesca birra que dura muito mais tempo que o razoável, tira-nos do sério, perdemos tempo a lidar com ela e no final, era só porque a criatura pequena queria o casaco apertado, ou queria-nos dizer para olharmos para o passarinho adiante.
Não estou a dizer que lhes devemos dizer que sim a tudo! Quem me conhece, sabe que não vou nessas negociatas e gosto muito de manter a ordem nas prioridades de quem manda cá em casa.
Claro que muitas ela não faz o que quer (bem, senão metade dos dias não saiamos de casa de manhã) e que é contrariada tantas vezes quantas ache necessário para que perceba até onde pode chegar na sua ação.
Mas, em certas ocasiões (e sentimos mais isso quando estamos com pressa), eles não estão a querer atrapalhar-nos, a ganhar terreno ou a fazer uma birra. Eles estão só a tentar fazer algo que para eles naquele momento é importante (mesmo que seja totalmente fora do tempo!)
Nesses dias, faço um enorme exercício de controle!!
Cada vez que ela nos faz parar, eu respiro muito fundo e penso: "se lhe der um minuto, andamos mais depressa ou é mesmo algo por qual vale a pena criar um birra?" e pronto...a maior parte das vezes prefiro dar-lhe o minuto que precisa (que por norma são até pedidos razoáveis, apenas percursionistas).
Este exercício às 8h da manhã faz-me contar até mil (mas mesmo muito depressa para me despachar!), mas sinto que me ajuda a ser uma melhor mãe e principalmente ajuda-me a ouvi-la e evitar muitas lágrimas e birras!
Não sou apologista de modas parentais e teorias extremistas relativamente às relações mães/filhos, mas nestes momentos, acredito mesmo que dar-lhes um minuto (desde que achemos que estão a ser razoáveis) faz-nos realmente mostrar-lhes que apesar de tudo, o que nos pedem ou dizem, é importante para nós e que no fundo é o adulto que lidera a situação, com uma gestão do tempo mais eficaz.
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